Uma pesquisa realizada pelo Instituto Idéia, encomendada pelo PMDB, aponta o deputado federal Anthony Garotinho (PR) em primeiro lugar para a sucessão estadual de 2014, com 23% das intenções de votos, à frente do senador petista Lindbergh Farias (17%) e do vice-governador peemedebista Luiz Fernando Pezão (16%). A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira, no jornal O Globo, na coluna do jornalista Ilimar Franco.
Garotinho, entretanto, diverge dos números da pesquisa divulgada pelo PMDB e ressalta que seus percentuais nunca são inferiores a 30%, de acordo com sondagens que tem feito.
“Para consumo interno, mesmo ainda sem estar fazendo campanha como Pezão e Lindbergh, tenho feito pesquisas com institutos sérios, pesquisando vários nomes e o meu percentual nunca é inferior a 30 pontos percentuais”, afirmou o ex-governador.
De acordo com Garotinho, nos últimos 15 dias surgiram pelo menos três pesquisas de institutos diferentes, encomendadas com objetivos diversos.
Parlamanetar questiona números
Garotinho, apesar de discordar do percentual da pesquisa divulgada pelo PMDB, no entanto, comemora a sua posição na liderança na disputa pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. “Todas as pesquisas, entretanto, tem um fato em comum: meu nome aparece em primeiro lugar. A de hoje (ontem), encomendada pelo PMDB, não explica para onde foram os demais eleitores entrevistados. Afirma que eu tenho 23%, o segundo colocado, Lindbergh, 17%, e o candidato de Cabral, 16%. Ainda que brancos / nulos / indecisos que normalmente ficam na casa de 20% estivessem em 30%, devido à distância da eleição, a soma daria 86%. Uma perguntinha: será que os outros 14% evaporaram? É uma possibilidade…”, ironizou o ex-governador. “Uma coisa é certa encolheram meu número para influenciar políticos que costumam tomar decisão sobre o destino partidário baseado em pesquisas. E inflaram bem o percentual de Pezão pelo mesmo motivo: para não desanimar aliados que já andam pensando em pular fora do seu barco. Conheço muitos institutos de pesquisa no estado, poderia aqui citar pelo menos uns vinte, mas esse Idéia contratado pelo PMDB está mais para propaganda daquela cachaça que diz que “é uma boa ideia”, do que para instituto de pesquisa eleitoral”, declarou o líder do PR.
Deputado não entende a euforia do governador
Garotinho questiona o entusiasmo de Sérgio Cabral, que estaria a festejar os números de Pezão, que, segundo o parlamentar, tem agido como candidato, inaugurando obras, distribuindo verbas e fazendo promessas a prefeitos. “Cabe até uma pergunta sobre a nota do jornalista e cabralista Ilimar Franco. Cabral está comemorando o que? Pezão teve nos últimos 15 dias, 80 inserções em todas as emissoras de TV e rádio do Estado. Para ficar bem claro, apareceu em 80 comerciais na Rede Globo, 80 na Record, 80 no SBT e 80 em cada uma das outras. Ganhou páginas inteiras de jornais falando de sua candidatura. Sozinho sem disputar espaço com ninguém, fez agenda de vice-governador agindo como candidato, liberando verbas, inaugurando obras, distribuindo dinheiro a prefeitos, fazendo promessas. Além disso tudo, fez telemarketing ligando para a casa ou celular de dezenas de milhares de pessoas”, detalhou. “No final, Pezão que era conhecido de 30% dos eleitores passou a ser conhecido por 44%, nem metade do eleitorado. E olha que é vice-governador há mais de seis anos. Ou seja, a maioria nem deu a mínima para essa propaganda maciça, e ele continua sendo um ilustre desconhecido para a maior parte do eleitorado, e claro, mesmo com seus números inflados, está lá embaixo em 3º lugar. Para estar comemorando, esse Cabral é um otimista”, disse Garotinho.
Descarte - O deputado republicano descartou a possibilidade de aceitar ser indicado para ministro dos Transportes em troca da retirada de sua candidatura ao governo estadual em 2014. O ex-governador rechaçou qualquer possibilidade diante da nota publicada pelo jornalista Claudio Humberto em sua coluna publicada em O Diário e outros veículos impressos do País. “É mais fácil um boi voar do que esta hipótese vir acontecer”, finalizou.
Fonte: O Diário (Campos)