O estado do Rio de Janeiro bateu a meta
do Ministério da Saúde em número de doadores de órgãos. Subiu de 4,4 doadores
por milhão de pessoas em 2010 para 14,4 doadores por milhão este ano. A meta
era 13,6.
Os números expressam uma estratégia anunciada
em abril de 2010, com a implantação do Programa Estadual de Transplantes (PET).
Este ano, até agosto, o estado conseguiu 176 doadores e fez 790 transplantes:
oito de coração, 103 de fígado, 254 de rim, 161 de medula óssea, 158 de córnea
e 106 de osso.
No ano passado, foram 121 doadores e
900 transplantes ao todo. De acordo com o coordenador do PET, Eduardo Rocha, o
Rio de Janeiro foi o estado que mais aumentou a taxa de doadores nos últimos
dois anos.
O destaque em captação de órgãos no
estado foi o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, que conseguiu só
este ano 24 doadores, número maior do que o alcançado por 11 estados
brasileiros e 116% a mais do que em todo o ano passado. Pelo bom desempenho, o
hospital recebeu hoje (27) o prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos,
oferecido pelo Ministério da Saúde.
Rocha explica que os números são
resultado do trabalho implantado em 2010, com a criação das comissões
intra-hospitalares de doações de orgãos e tecidos nos principais hospitais que
têm emergência e terapia intensiva e apresentam maior potencial de captação de
órgãos, seguindo o modelo da Espanha que, segundo ele, é líder mundial na
realização de transplantes.
Outra medida para aumentar o número de
doadores são as organizações de Procura de Órgãos (OPOs), que são unidades
descentralizadas de captação que atuam regionalmente, com um comitê responsável
por cada área do estado.
Atualmente, 1.579 pacientes aguardam na
fila de transplante no Rio: sete para coração, 732 para córnea, 131 para fígado
e 709 pessoas aguardam um rim.
Informações de Agência Brasil