- Rosi Santos
Cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, participaram da ‘Passeata da Dignidade’, realizada no Centro do Rio, na manhã de ontem. O objetivo do protesto, promovido por policiais civis, militares e bombeiros, foi sensibilizar o Governo Estadual para que a pauta de reivindicações seja discutida. Os servidores, que querem melhores condições de trabalho e reajuste salarial, ameaçam entrar em greve antes do Carnaval, em fevereiro.
Ao final da caminhada, o grupo optou por não realizar uma assembleia e dar ao governo mais um prazo para as negociações. “Se até dia 8 de fevereiro não houver avanços, a categoria volta a se reunir no dia 9, na Cinelândia, para definir a data em que uma greve geral será deflagrada”, disse o sargento bombeiro de Campos, Roberto Júnior.
Cerca de 150 servidores de Campos e familiares participaram da manifestação na avenida Atlântica, em Copacaba. Na sexta feira, o governador Sérgio Cabral anunciou um aumento de 39,4% para o biênio 2012/2013, mas o benefício não agradou aos servidores. “O governo não deu aumento nenhum. O que ele fez foi antecipar as parcelas concedidas ano passado, o que, de forma alguma, atende às necessidades da categoria”, disse o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado do Rio, Vanderlei Ribeiro. Ele afirmou que o movimento vem ganhando força através de adesões significativas.
— Acredito que o governo vai acabar recuando, já que a adesão ao movimento foi grande. Tivemos a participação do Bope, Batalhão de Choque e das UPPs. Estamos confiantes — disse. Entre as reivindicações estão piso salarial inicial de R$3.500, data-base, vale-transporte e ticket-alimentação.
Em 2011, bombeiros foram presos após ocuparem o quartel-general da corporação. Eles chegaram a entrar em confronto com o Batalhão de Choque e o Bope. (F.Manha)