Os hospitais de Bom Jesus do Itabapoana e de Porciúncula passam por sérios problemas financeiros. Em Bom Jesus os funcionários do Hospital São Vicente de Paulo, que é filantrópico, chegaram a paralisar parte do atendimento em protesto pelo atraso no pagamento de salários.
Em Porciúncula os funcionários também estão com os salários atrasados, mas o funcionamento ainda não foi prejudicado.
Bom Jesus do Itabapoana
Na semana do Natal, os funcionários do Hospital de Bom Jesus do Itabapoana paralisaram parte do atendimento para chamar a atenção das autoridades. Foram 48 horas de atendimento prejudicado. De acordo com os funcionários do hospital, já são quatro meses de salários atrasados e o pior, os funcionários do hospital tiveram que fazer um empréstimo consignado, mas o hospital não teria feito o pagamento das parcelas e o nome dos funcionários foi parar no serviço de proteção ao crédito (SPC).
Porciúncula
Em Porciúncula a situação não é diferente, os funcionários reclamam o atraso de 5 meses nos salários. O hospital tem ainda uma dívida de aproximadamente R$ 500 mil, além de ter perdido parte da verba federal do SUS, caindo de 90 mil por mês para 18 mil. Nesta semana uma comissão de funcionários foi criada e tentou negociar com a Secretaria de Saúde da cidade, porém, sem sucesso.
Verbas
Hospitais filantrópicos que atendem exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber um adicional de 20% do valor total destinado à assistência hospitalar de média complexidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo é ajudar na manutenção dos serviços oferecidos nessas unidades. Estimativas do governo apontam que os hospitais filantrópicos são responsáveis por cerca de 50% do atendimento na rede pública de saúde. Para aderir à iniciativa, os gestores municipais e estaduais devem solicitar o incentivo, atestando que a unidade está dentro dos pré-requisitos. Além do atendimento 100% SUS, o local deve fazer parte do Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos ou do Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino Públicos e Privados.
Ainda segundo a pasta, os hospitais selecionados serão acompanhados e terão que cumprir metas como, por exemplo, manter alta a taxa de ocupação dos leitos e fazer a classificação de risco no atendimento de urgência e emergência, como previsto no programa Saúde Toda Hora.
Também este mês, foram destinados R$ 220 milhões para as 663 unidades que participam do Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos.
RÁDIO ITAPERUNA AM 1410
Fonte: Assecom.