Dois dias após completar 66 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva descobriu que está com câncer na laringe. O tumor maligno, de tamanho entre 2 e 3 centímetros, será tratado com quimioterapia e radioterapia, a partir de amanhã. Ontem, ele usou máscara de oxigênio.
Lula não se abalou com a doença, segundo médicos e amigos que o visitaram no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o ex-presidente recebeu o diagnóstico. “Vamos em frente”, disse ao assessor do Ministério da Defesa, o petista José Genoino.
Lula começou a sentir dores na garganta e rouquidão há mais de 40 dias | Foto: Divulgação
Lula começou a sentir dores na garganta e rouquidão há mais de 40 dias, mas a agenda lotada de compromissos impediu de fazer exames mais aprofundados. Quinta-feira, quando comemorou aniversário no Instituto Cidadania, que mantém em São Paulo, a dor se agravou e seu médico, Roberto Kalil, aconselhou-o a fazer exames.
A confirmação do diagnóstico foi dada ontem pelo próprio hospital. Segundo os médicos que tratam do ex-presidente, o câncer está em estágio inicial e tem grandes chances de cura.
A confirmação do diagnóstico foi dada ontem pelo próprio hospital. Segundo os médicos que tratam do ex-presidente, o câncer está em estágio inicial e tem grandes chances de cura.
Arte: O Dia
Principais causas são o consumo de cigarro e de bebida alcoólica
INCIDÊNCIA
SINTOMAS
Os principais — alteração da voz, incômodo ou dor na garganta — podem ser confundidos com os de várias enfermidades. “Esses sintomas são constatados em muitas doenças, até em infecções simples, mas é necessário se consultar para verificar do que se trata, porque a chance de cura aumenta muito quando o diagnóstico é precoce”, diz Domenge.
CURA
As chances do petista são estimadas em mais de 70%. A quimioterapia deve durar 2 meses — 60 dias decisivos para a doença regredir. Se não der certo, ele pode ser submetido a cirurgia. Em casos mais graves, a laringe é retirada e o paciente perde a fala. Durante a quimio, Lula pode ter dificuldade para engolir, o que leva à perda de peso.
Reportagem de Gabriela Moreira e João Ricardo Gonçalves
O Dia