O Rio de Janeiro registrou 843 novos casos de dengue em aproximadamente 24 horas. O número de infectados pela doença chegou a 28.492 nesta terça-feira (26), contra 27.649 notificados na tarde de segunda (25). As informações são da Secretaria Municipal de Saúde.
Os bairros mais atingidos, considerando o número de casos de cada região, são Santa Cruz, com 2.971 casos; Campo Grande, com 2.872; e Jacarepaguá, 2.296.
A situação é mais grave em oito bairros da capital, que apresentam taxa de incidência acima de 300, o que configura epidemia ou surto da doença.
As áreas de maior preocupação são: Pedra de Guaratiba (847,9), Bonsucesso (469,5), Saúde (447,1), Santa Cruz (401,9), Anil (393,5), Rio Comprido (391,5), Cosmos (389,6) e Santo Cristo (306,2).
Municípios em atenção
Os seguintes municípios são observados com maior atenção por apresentarem maior risco de epidemia: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci.
Mortes
A Secretaria Estadual de Saúde registrou 39 mortes até o dia 20 de abril, nas seguintes cidades: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (3), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5), Maricá (1), Mesquita (2), Rio de Janeiro (13), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).
Jovens têm mais riscos
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria, apenas 4% tiveram complicações e 1% foi considerado grave.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
RÁDIO ITAPERUNA AM 1410
Fonte: R7
Comentários